As rádios emitem em várias frequências. Estes episódios, contudo, situam-se numa frequência diferente, não uma de rádio, mas de radio. Como em Radioterapia. Episódios de um tratamento oncológico (à suivre)
Sábado, 26 de Janeiro de 2013

Nova rubrica ai na barra do lado direito (deslizai para baixo...)!

 

 

Alguns sites e pequenos negócios de pessoal amigo dos Episódios de Radio:


 

Kiva.org --> micro finança. Para fazer pequenos empréstimos e conseguir arrancar com obras de melhoramento da casa, empréstimo para os estudos, um avanço para uma ideia de negocio, etc... Já participo há quase 2 anos neste projecto, sempre me foi pago tudo a horas, e depois uso o dinheiro que me devolvem para emprestar outra vez.

 

 

Blood Oath Tattoos --> Um estudio de tatuagens de um amigo, sério e de qualidade (e tudo muito limpinho, como se quer). E para comemorar os 2 anos do estúdio há umas belas promoções!

 

 

Todas as palavras de Amor --> O novo livro da Ana Casaca. Uma das minhas escritoras preferidas ;)

 

 

Baú da Aurora --> Já aqui falei no Baú, tem peças todas feitas por ela, colares, brincos, bolsinhas, sacos, e por ai fora, com tecidos muito giros e muito em conta! Uma boa ideia para presentes de aniversários para as amigas...

 

 

Mimos de Crochet --> O site da Manuela, uma seguidora atenta aqui do estaminé, que depois de ter ficado desempregada meteu mãos à obra... e ao crochet! Visitem!


Sexta-feira, 25 de Janeiro de 2013

[queria ter publicado isto ontem, mas tive um dia de cão]

 

 

  Ontem foi o dia em que este livrinho começou a encher prateleiras, e em breve encherá estantes em casa de pessoas que não conheço de lado nenhum.

 

 Eu já o li, obviamente, e gostei mesmo muito. Lacrimejei um bocado, e também critiquei ("Opa, acho que há ali umas partes com lamechice a mais..."). Mas a verdade é que eu não acreditava muito em historias de amor, assim daquelas fantásticas e avassaladoras. O que eu achei neste livro é que sim, elas andam por ai, nos caminhos cruzados de duas pessoas que se encontram no meio dos azares da vida. E quando isso me aconteceu eu percebi. E entendi finalmente que há amores de todos os tipos, de todos os feitios, de todos os tamanhos. E as palavras da Ana C. contam-nos a todos, desembrulham estes amores e os recobrem de magia.

 

 Por isso, para quem quiser passar um bom momento a pensar na vida e nos amores desta vida, este é o livro.

 

 

 

 

 

 Para comprar é aqui: http://www.wook.pt/ficha/todas-as-palavras-de-amor/a/id/14742971

 

ou ali também: http://www.fnac.pt/Todas-as-Palvras-de-Amor-Ana-Casaca/a663963?PID=5&Mn=-1&Mu=-13&Ra=-1&To=0&Nu=1&Fr=0

 

 

Para seguir no Facebook é aqui: http://www.facebook.com/todasaspalavrasdeamor

 

 

Para dar os parabéns à autora e a fazerem morrer de vergonha é aqui: http://avontaderegresso.blogspot.com/

 


Domingo, 23 de Setembro de 2012

Fui rugir para a Bretanha, pés ligeiros e coração ao alto, cheirei a maresia até se me revoltarem as tripas com saudades do mar de quando eu era pequena. Apanhei um escaldão na careca. Senti-me mal, sozinha, num quarto de hotel, e mandei calar as náuseas e a vontade de vomitar com um "bebe água e dorme que isso passa, amanhã vai ser melhor" (e foi). Tive medo de ir ao Monte Saint-Michel, medo que as pernas não me segurassem e que o equilíbrio me faltasse. Não fui, fica para a próxima. Hoje escolho melhor as batalhas e os desafios. Voltei para casa de TGV. Na gare apanhei um táxi, porque tinha a cabeça a andar à roda do cansaço (e do coração já a afogar-se). A primeira coisa que o taxista me perguntou foi: "está doente?" E eu: "Sim" E ele: "Constipada?" E eu: "Não, cancro." Continuo brutinha graças a Deus. Isso não o impediu de passar o resto do caminho à conversa, e de lá pelo meio me perguntar se eu era casada, e de me perguntar se não queria sair com ele. E eu, brutinha mas educada, disse que não, que tinha cancro, que era grave, que podia morrer, não sabia quanto tempo é que tinha, e que por isso não seria muito interessante para ele começar uma relação comigo. E o gajo cala-me com esta: "Estás viva. Não te vais agora enfiar na cama e chamar a morte. Estás viva. Tens de sair, divertir-te, conhecer gente, fazer amor..." Nessa noite estava demasiado cansada para avanços, mas gostei da ideologia. Acho que foi mais uma mensagem subliminar do Universo, para mim, através da boca de um magrebino (Allah bless, povo mais porreiro que não tem problemas com doenças nem medo do cancro).

 

 

 

publicado por Silvina às 23:55

Sábado, 01 de Setembro de 2012

A doença, especialmente a doença grave, tem a capacidade de nos confrontar com a nossa fragilidade. Sempre pensei que na vida isso fosse coisa a evitar. Neste mundo de cão, não nos podemos dar ao luxo de expor as nossas fragilidades no trabalho, na vida social, uns com os outros, porque senão somos pisados e passados a ferro pelos outros -os fortes. Era esta a visão que eu tinha antes de estar doente. Dava um ar perfeitamente assumido de saber quem era e o que queria, e para onde queria ir. Escondia sem me dar conta as inseguranças que tinha dentro de mim e que todos os dias me punham a questão: "é mesmo isto que queres? é por ai que queres ir? é esse o caminho?".

 

Mesma lógica para as relações amorosas. Curiosamente com a amizade não. Sempre acreditei que era o mais eu própria possível com os amigos. Estava enganada. Não por ser cínica ou calculista, que não sou nem nunca fui, mas porque não consegui apreender toda a minha realidade, a minha maneira de funcionar, primeiro comigo, e depois com os outros. Era inconscientemente pouco sincera comigo própria.

 

Com o cancro estas aprendizagens foram chegando de mansinho, depois à bruta. Com a consciência desta nova realidade que já não podia negar nem esconder, tive que recorrer a um psicólogo (aliás, duas pessoas diferentes, duas vezes por semana). Ainda hoje me esforço, e ainda hoje não entendo bem como ser forte e vulnerável ao mesmo tempo. Mas sei que a resposta do sentido da vida (da minha, pelo menos), da felicidade, do equilíbrio e da paz está ai: nessa capacidade de aceitar ser vulnerável e trabalhar com isso. Usá-la e não suportá-la. Perder o medo, ganhar asas, e todos aqueles clichés de liberdade no fundo só exprimem uma coisa: a importância de aprender a ser vulnerável.

 

E isto tudo porque hoje vi este vídeo enquanto tomava o pequeno almoço. E agora estou aqui com um baque no estômago...

 

 

 

Breakdown or spiritual awakening ?

 

 

 

Para quem quiser ver o video com legendas siga este link: https://www.ted.com/talks/brene_brown_on_vulnerability.html

Wikipedia: O is the fifteenth letter and a vowel in the ISO basic Latin alphabet.

publicado por Silvina às 11:29

Sábado, 18 de Agosto de 2012

Quando penso em razões de viver, de não desistir, de não baixar os braços, penso em Amor. Toda a gente fala de Amor. Todos os que venceram o cancro contam que o fizeram por Amor, graças ao Amor, através do Amor.


(Mas eu não. Sou, e sempre fui, uma azarada no Amor.)


E se amor existe na minha vida, é sobretudo a ambição de amor. Quero viver um amor livre de medos, de culpas, deveres ou obrigações. Quero viver um amor que valha só porque existe, só porque sim, sem necessitar de mais razões ou argumentos para perdurar. Quero um amor que me descubra, que me esculpa e me revele a pessoa que sei que sou. Que sempre fui mas andei perdida. Quero um amor que me encontre, que me reconheça, que me dê a mão e que não me largue.


É isto que quero e que, finalmente, acho que mereço.

 

É esta ambição de amor que me alimenta, porque recuso morrer aos 30 anos sem nunca ter vivido uma verdadeira história de amor.

publicado por Silvina às 12:38


Para Ti


Queria levar-te a dor embora.
Queria poder soprar um desejo de paz e que a paz acontecesse para ti, sem que tivesse nome de fim.
Queria poder arrancar-te as angústias e afirmar-te, com a certeza daqueles que tudo viveram e sabem, que tudo ficaria bem, que poderias descansar dos medos, abismos, dúvidas e solidão.
Queria descobrir-te um amor que te visse tal como és por dentro, esquecendo todas as outras camadas que, apesar de terem feito de ti quem és, impedem tantos de chegarem aí, onde tudo é bonito e profundo, com medo de se magorem, por te amarem tanto.
Queria fazer com que acreditasses que sim, que é mesmo possível, porque coisas boas são possíveis para ti.
Queria dizer-te que ficarás bem de qualquer forma, pois a tua forma é daquelas que transcendem conceitos e estéticas.
Podes ter que abrir mão de algumas coisas que te acompanharam e que compõem o que és por fora, mas a tua força, a tua beleza, está toda aí dentro. Dentro de tudo aquilo que importa. Dentro de ti.
És a minha heroína.
E sim, tudo vai ficar bem.

 

Ana C.

 

 

Vai ficar tudo bem, não vai?



publicado por Silvina às 12:31

Sexta-feira, 22 de Junho de 2012

Descobri há dias uma nova série da BBC, True Love. São cinco episódios entre 25min a 30min, que contam historias de amor. São amores que vão, amores que vêm, que se escondem, que reaparecem, amores que se criam ou destroem nas distâncias e nos silêncios, e acima de tudo, a série fala das escolhas que fazemos por Amor. 

 

Gostei imenso do episódio 4, porque mostra que o amor também (ou sobretudo) proporciona a descoberta de nós próprios e permite uma libertação incrível. é a esse tipo de amor que aspiro, aquele que liberta, e não aquele que prende.

 

 

 

"good thing happen, sometimes"

 

 

E hoje não me escapa o episódio 5, com o meu chéri David Morrissey (por falar em amor, unia-me já factualmente com ele sem pensar duas vezes).

publicado por Silvina às 15:12
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Domingo, 27 de Maio de 2012

Mais lamechice da boa...

 

 

 

 

(...) Tu nunca serás uma sorte para ela. Sorte é poderes tê-la na tua vida.
Sabes?
Ela não é romântica por natureza, mas uma demonstração espontânea da tua parte vai fazê-la fraquejar. Porque ela é segura e doce ao mesmo tempo. (...)


Domingo, 20 de Maio de 2012

 

Ma plus belle histoire d'humour, c'est vous [Miss.Tic]

ou

Ma plus belle histoire d'amour, c'est toi [LE Miss.Tic] ???

 

Qual é a vossa versão? ;)

 

PARA VER MELHOR A FOTO, CLICAR AQUI!

 

 

[eu, pseudo-romântico-lamechas como sempre, passei nesta rua de bicicleta e li AMOUR (=amor) e C'EST VOUS (=é você ou são vocês). Parei a bicicleta, despi o colete reflector amarelo, saquei o telemóvel da mochila e tirei estas duas fotos. Passados dois dias cheguei a casa, fiz a montagem das fotos e foi aí que olhei bem para elas. "Mas espera lá...", pensei. "Há aqui um trocadilho que não estou a compreender... Mas a palavra Aumour existe em Francês? Deixa cá googlar isto." E pronto, 2min depois descobri que aumour não existe em Francês, e que estou mais míope (e romântica) do que eu pensava...]


Terça-feira, 08 de Maio de 2012

 

via Martine, no à procura da Terra do Nunca



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