As rádios emitem em várias frequências. Estes episódios, contudo, situam-se numa frequência diferente, não uma de rádio, mas de radio. Como em Radioterapia. Episódios de um tratamento oncológico (à suivre)
Domingo, 28 de Outubro de 2012

Chemotherapy for metastatic lung or colorectal cancer can prolong life by weeks or months and may provide palliation, but it is not curative.

Methods

We studied 1193 patients participating in the Cancer Care Outcomes Research and Surveillance (CanCORS) study (a national, prospective, observational cohort study) who were alive 4 months after diagnosis and received chemotherapy for newly diagnosed metastatic (stage IV) lung or colorectal cancer. We sought to characterize the prevalence of the expectation that chemotherapy might be curative and to identify the clinical, sociodemographic, and health-system factors associated with this expectation. Data were obtained from a patient survey by professional interviewers in addition to a comprehensive review of medical records.

Results

Overall, 69% of patients with lung cancer and 81% of those with colorectal cancer did not report understanding that chemotherapy was not at all likely to cure their cancer. In multivariable logistic regression, the risk of reporting inaccurate beliefs about chemotherapy was higher among patients with colorectal cancer, as compared with those with lung cancer (odds ratio, 1.75; 95% confidence interval [CI], 1.29 to 2.37); among nonwhite and Hispanic patients, as compared with non-Hispanic white patients (odds ratio for Hispanic patients, 2.82; 95% CI, 1.51 to 5.27; odds ratio for black patients, 2.93; 95% CI, 1.80 to 4.78); and among patients who rated their communication with their physician very favorably, as compared with less favorably (odds ratio for highest third vs. lowest third, 1.90; 95% CI, 1.33 to 2.72). Educational level, functional status, and the patient's role in decision making were not associated with such inaccurate beliefs about chemotherapy.

Conclusions

Many patients receiving chemotherapy for incurable cancers may not understand that chemotherapy is unlikely to be curative, which could compromise their ability to make informed treatment decisions that are consonant with their preferences. Physicians may be able to improve patients' understanding, but this may come at the cost of patients' satisfaction with them. (Funded by the National Cancer Institute and others.)

publicado por Silvina às 18:52

A tua carinha de sapo «COCAS« vai passar e voltar a ser rabinho de bébé porque tu és linda. Todos temos aqueles dias assim, a gente à noite não se devia levantar de manhã. Mas daqui vai um forte xi-coração e como sempre um pedido de muita Luz e Proteção para a tua caminhada.
Maria
MARIA a 28 de Outubro de 2012 às 20:14

Às vezes (só às vezes) era tão bom que nos dissessem qual o melhor caminho que devemos seguir na nossa própria vida... Se algum dia me vir na posição em que estás hoje, não sei mesmo o que me passará pela cabeça. Espero que o mau estar não te tire nunca a esperança nem o discernimento. O nosso abraço, compreensão e carinho continuam sempre cá. Beijinhos, miúda :)
gralha a 29 de Outubro de 2012 às 11:38

Encontrar equilíbrio no meio de uma tempestade como essa, a de saber que a quimio não cura, é um exercício complexo, porque há sempre a variável esperança à mistura. Talvez nunca a máxima do "enquanto há vida, há esperança" tenha feito tanto sentido!

Naná a 29 de Outubro de 2012 às 12:29

Ainda bem que em todos nós, por mais racionais e cépticos que sejamos, existe uma ponta de esperança (ou uma ponta de querer acreditar) que nos permite aguentar um dia atrás do outro, que nos permite abrir os olhos de manhã, que nos permite ter força nas pernas para dar mais um passo.

Um beijo enorme
Me a 29 de Outubro de 2012 às 12:43

Minha linda, ando para aqui a querer deixar-te um comentário a este post sem encontrar palavras para te dizer. Continuo sem saber,a não ser que a minha admiração por ti só aumenta face à tua lucidez e coragem. Compreendo bem que digas que não tens que aguentar. Sou absolutamente a favor de desistir de tratamentos dolorosos se não estão a resultar, e da humanização, o mais possível, quer da doença, quer da morte. Mas nunca tive de encarar isto na 1ª pessoa, não sei o que decidiria, nem o que o pensar nos meus me faria decidir.
Desejar-te que Deus te ilumine pode parecer uma piroseira ultrapassada, mas de facto é isso que desejo: que Ele (seja lá Ele quem for, e como for) te ilumine e te dê a sabedoria e a lucidez de que necessitas - e te traga a cura, também. Porque a mereces.
Zu a 29 de Outubro de 2012 às 19:36

Só tu saberás como te sentes mas acredito que nem tu saberás como reagir. Penso que quem está fora fala demais, pensa demais, analisa demais...
Esta semana faleceu um tio meu, ninguém sabia que ele tinha recusado quimio, todos criticaram. Como é possível criticar este tipo de escolha a alguém? É tão pessoal, tão intima. Se preferia que ele ainda por cá estivesse? Sem dúvida! Mas a que preço para ele? Teremos nós, os que estão de fora, o direito de querer decidir por quem tem que lutar?
Tantas perguntas e tão poucas respostas... Desculpa pelo texto.
Estou contigo e com a tua decisão seja ela qual for. Estou por ti. Um beijo grande
badmary a 30 de Outubro de 2012 às 11:41

A única coisa que consigo dizer é que se um dia me vir em situação semelhante, e desejo ardentemente que não, caraças, espero conseguir ter a presença de espírito que tu tens.
Fico feliz por sentires o paradoxo, por te recusares a abater a chama que ainda tens dentro de ti.
E embora contradiga tudo aquilo em que acredito (ou não acredito, não sei bem), também espero que aconteça um milagre.
So shoot me...

;)
Ana. a 30 de Outubro de 2012 às 14:34

Olá Silvina,
"...Mas é algo extremamente complicado de explicar a quem nos rodeia..." para mim é quase contra-natura, pois se é p/ tratar é p/ curar, certo?
Errado.
A minha nina tem uma rinite alérgica crónica (doencinha pequena é certo, mas mto chata) e a coisa vai-se tratando, não curando.
Eu deveria portanto aceitar a tua/outros explicação mas não consigo, pois a vida está aqui mas é como se pudesse deixar de estar em qq momento.
E isso custa-me.
Quando nasci já só tinha 1 caminho (curvado e contracurvado) certo na vida mas de nada valeu/vale essa consciência pois queremos cá estar muito tempo evitando a todo e qualquer custo a morte.
Especialmente queremos que cá estejam os que amamos.
"...E eu percebi, e aceitei. " e por isso mereces VIDA em cada dia que passa e em cada momento que nos deixas espreitar um bocadinho a tua vida.
Fica melhor, fica bem,
Flora
Flora a 30 de Outubro de 2012 às 16:26

Silvina chérie,

tenho andado aqui a rondar, sem saber o que te escrever porque o que me apetece dizer é que eu acredito em milagres.

Tu és um milagre, que tem mudado a vida de muitas das pessoas que têm tido a sorte de se cruzar contigo.

Aconteça o que acontecer, decidas o que decidires, serás sempre um milagre.

Gosto muito de ti miúda.
Susana Neves a 30 de Outubro de 2012 às 23:20

Já li o teu post umas quantas vezes, já o li ao Mário, já o reli e não sei o que te dizer.
Não quero (queremos) no entanto deixar de reafirmar o nosso apoio incondicional.
O Mário está aqui a dizer assim: O que eu penso é que alguém como ela não fica bem com ela mesma se não fizer a merda dos tratamentos.
Tu sabes, estamos aqui contigo
Beijinho muito grande
Maria e Mário
Maria e Mário a 31 de Outubro de 2012 às 10:13

ahahahah o Mario acertou na mouche!!!!! Muito perspicaz! ;))
Beijinhos muito grandes para os dois!
Silvina a 17 de Novembro de 2012 às 12:02



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