Tudo o que é bom tem um fim. E hoje chegou ao fim parte do que é nosso. Cerimoniosamente pegaste-me na mão num aperto de mão sem fim, porque eu estava atenta ao tempo, ao mesmo tempo que sentia a tua pele suave na minha pele áspera e seca pelo erbitux. Depois abraçaste-me numa espécie de abraço contido e desajeitado. Não consegui fazer melhor do que balbuciar um "merci" que soube a pouco. E lembrei-me do que escrevi há 4 meses atrás, sobre o abraço: "(...) E penso num abraço imaginário, onde me envolves com os teus braços e com o teu cheiro, e eu ajeito-me nesse teu ninho de compreensão." E depois vim para casa, chorei baba e ranho, troquei mensagens com uma amiga, recebi o telefonema de outra, ouvi música, encomendei sashimi para o jantar, li um post que veio mesmo a calhar para o tópico, e vi um filme que me deixou ainda mais lamechas mas com um sorriso na cara e uma certeza: tudo o que é bom tem um fim, mas se calhar, outra coisa boa vai começar logo a seguir. E é isto...