As rádios emitem em várias frequências. Estes episódios, contudo, situam-se numa frequência diferente, não uma de rádio, mas de radio. Como em Radioterapia. Episódios de um tratamento oncológico (à suivre)
Quinta-feira, 24 de Junho de 2010

Uma coisa complexa em oncologia (ou talvez seja só no meu caso, não sei) é o processo de diagnóstico. Os exames, os resultados, o palavreado médico nos relatórios que acompanham o exame, o compasso de espera, a falta de respostas e o discurso indirecto e cauteloso do tão esperado dia da consulta. Aquilo que deveria vir a seguir, o alivio, quase não o tenho sentido. Porque no meu caso estamos sempre a meio do processo de diagnóstico, ainda falta um outro exame (qualquer) e uma reunião de equipa.

 

E, antes de me darem o diagnóstico (logo, o tal alivio), ainda levo com uma cirurgia exploratória. Toma lá que já almoçaste. Cirurgia essa que consiste quase sempre em "abrimos para ver" mas no final "tiramos tudo". Depois vai tudo para análise e só no fim -um mês depois- tenho o diagnóstico, que no fundo também se poderia chamar D. Sebastião.

 

Lá está, eu não sei como é que funcionam os outros cancros, mas será que é sempre assim? Prognósticos só no fim do jogo (como diz o outro)?

publicado por Silvina às 01:45

Pois, parece que quem tinha razão era mesmo o João Pinto do FCP. Prognósticos só no fim do jogo. Nada a fazer, acho que os parvos dos cancros são mesmo todos assim.

Há que ter paciência, nada a fazer.

Vai dando notícias

Estou aqui a torcer

Beijinhos
Susana Neves a 24 de Junho de 2010 às 22:31



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