Paris, meio de Agosto, à espera.
Estou sempre à espera nestes últimos tempos. Que alguma coisa aconteça, de saber mais, de pensar menos, de ter rédeas para recomeçar a assumir e realizar as minhas escolhas. Sinto-me muitas vezes uma marioneta com esta porra do cancro.
E o Dr Lambard esteve de férias e deixou-me aqui sozinha durante 3 semanas, a matutar nisto sozinha, a fazer filmes sozinha.
Estou cada vez mais cansada e farta de cancro, de analises, de resultados, de exames e tratamentos, de vai ou não vai, de probabilidades e percentagens, de perguntas e mais perguntas e poucas respostas. Ter cancro é cansativo, uma pessoa quer ter férias e não pode.