Silvina, há duas horas a tentar resistir a encomendar SUSHI pela 5a vez este mês...
aiiiiii
(que vou à falência por culpa do Japão)
Silvina, há duas horas a tentar resistir a encomendar SUSHI pela 5a vez este mês...
aiiiiii
(que vou à falência por culpa do Japão)
Esta quimio até correu bem. Passei o dia obcecada com essa música ai em baixo da Nina Simone. Há dias assim, em que certas músicas fazem de repente todo o sentido, ou ganham novos sentidos. Há dias em que as boas noticias se sucedem, e em que a vida nos acontece ou a alguém de quem gostamos muito. Gosto disso, quando as boas noticias dos outros são também as nossas. E recebi também outras noticias, e embora ainda não saiba se são boas ou más, são surpreendentes. E o Universo continua a mostrar-me que tudo muda a qualquer instante, que nada é estável nem definitivo. Que há sempre lugar para sonhar, que certos desejos podem-se tornar realidade. No meio do meu pessimismo habitual, gosto de dias assim, onde apesar de quinada quimicamente com a quimio, acontecem coisas boas. E o meu entusiasmo renova-se com dias assim, e só tenho que agradecer ainda cá estar para vivê-los.
I Wish I knew How it Would Feel to be Free
(Nina Simone)
I wish I knew how it would feel to be free
I wish I could break all the chains holding me
I wish I could say all the things that I should say
say 'em loud, say 'em clear
for the whole round world to hear.
I wish I could share all the love that's in my heart
remove all the bars that keep us apart
I wish you could know what it means to be me
Then you'd see and agree
that every man should be free.
I wish I could give all I'm longing to give
I wish I could live like I'm longing to live
I wish that I could do all the things that I can do
though I'm way overdue I'd be starting anew.
Well I wish I could be like a bird in the sky
how sweet it would be if I found I could fly
Oh I'd soar to the sun and look down at the sea
and I'd sing cos I'd know that
and I'd sing cos I'd know that
and I'd sing cos I'd know that
I'd know how it feels to be free
I'd know how it feels to be free
I'd know how it feels to be free
Subscrevo na integra. Para quê passar a ferro, alguém me explique?! No antigamente, que não havia máquinas de lavar a roupa, ainda compreendo que por razões de higiene se esquentasse a roupa com o ferro (para matar micróbios e tal), mas hoje em dia?! Não entendo... E pelos vistos não sou a única:
(...) Mulheres que vivem sob o jugo da roupa irrepreensível, mulheres que pensam que o caracter e reputação dos filhos se define pela impecabilidade do tecido que os reveste e com que se apresentam na escola, ainda que os filhos digam merda e as mandem para o caralho. Não é tarde para vós. A patologia que vos foi imposta pelos vossos antepassados, sogras e mães, tem cura.
Para quem ainda não se rendeu às evidências da perda de tempo pura e simples em que consiste a actividade engomadeira e insiste num colarinho retesado, aqui ficam algumas dicas para deixar o vício. Pequenos passos, que ajudam à cura:
Comecem por cagar nas t-shirts. Uma t-shirt bem dobrada é mais do que suficiente.
Os lençóis: Dobrem-nos em quatro, com ajuda, e passem o ferro sobre o lençol já dobrado, só para que possa caber no armário.
Camisas dos putos: Para começar e, como é Inverno, passem apenas as golas.
Camisas dos gajos: Eles que façam o que bem entenderem.
Inspirem e expirem e iniciem esta prática de libertação. (...)
Pela lúcida Ana C., n'A Vontade de Regresso
Hoje deu-me para a nostalgia, depois de ter descoberto este vídeo:
(vi uma cover do tema de Dexter no blog do Arrumadinho e depois descobri esta pérola. Eu sabia que depois de ler 236+ posts que não interessam para nada, haveria qualquer coisa que faria todo o esforço valer a pena!)
THE LEGEND OF ZELDA
"May the way of the Hero lead to the Triforce"
Anos. Passei anos a jogar este jogo, na sua versão original, claro. Cheguei ao fim não sei quantas vezes. E depois começava de novo. Joguei isto em Portugal, em Paris, na Ásia. Verdadeiro vicio que não me larga desde a infância.
às vezes pergunto-me se estou a viver bem a vida. Toda a gente diz que não se pode deixar o cancro comandar as nossas vidas, e eu deixei; que tem que se ter outras actividades para além do cancro, e eu não tenho; que não se podem abandonar sonhos e projectos de vida, e eu abandonei.
A minha vida é estar doente. Nada mais restou no meu dia-a-dia. às vezes os dias passam sem fazerem sentido, e eu nem sinto que os vivi. Passaram por mim leve, levemente. E se há coisa que me tortura a mente é dar sentido aos dias, cheios de cancro, dar sentido a esta vida que é a minha, encontrar pequenos momentos felizes mesmo quando passo dias na cama. E não é fácil, para uma pessoa como eu que encontrava sentido nas viagens, no evadir-me, no nomadismo, na liberdade de pedalar por ai fora. Agora estou aqui num interregno onde já não tenho nada disso. Vivo num limbo de dias com cancro, a ser e sentir-me doente e cansada, todos os dias.
às vezes pergunto-me se lá bem no fundo não me transformei também eu em doença, se tenho o cancro dentro de mim ou se ele se confunde comigo.
A Merck, grupo farmacêutico alemão, deixou de fornecer o Erbitux, medicamento para o cancro, aos hospitais da Grécia. O anúncio foi feito por um porta-voz da empresa à Reuters, num sinal claro das dificuldades que os serviços públicos estão a ter devido à crise económica, avança o site Dinheiro Vivo.
As farmacêuticas já tinham alertado os líderes europeus no início do ano para este problema e a alemã Biotest foi a primeira a cancelar medicamentos à Grécia em Junho passado devido às dívidas.
Os hospitais estatais dos países mais afectados pela crise da dívida soberana têm vindo a demonstrar dificuldades em pagar as suas dívidas, adiantou o director financeiro da Merck, Matthias Zachert, numa entrevista publicada ontem pelo jornal alemão Börsen-Zeitung.
No entanto, o mesmo responsável adiantou que, por enquanto, a Grécia é o único país que a quem a Merck deixou de fornecer medicamentos.
"Afecta apenas a Grécia, onde temos vindo a enfrentar vários problemas, e estamos a falar apenas de um produto", revelou o mesmo responsável.
Um porta-voz da farmacêutica alemã disse à Reuters que o medicamento em causa é o Erbitux mas que os gregos ainda podem comprar o medicamento nas farmácias.
A Pólo Norte insurgiu-se, e pouco depois surgiu um movimento. Quem quiser ajudar na organização das brigadas pode contactá-la através deste perfil do Facebook. Também há a página dos Quadripolares Solidários.
Não há é desculpa.
Como diz a Pólo Norte, quem não se inscrever como dador é Relvas!