vicio.
E eu acatei, porque já me habituei a ela assim. Agora que o pé já está melhor são as costas que me roubam a restia de dignidade que me permitia começar 2013 a fingir que tinha 30 anos. No fundo tenho 70 bem conservados.
Entrei em 2013 como saí de 2012: lamechas, piegas e mal disposta do estômago. Sinto que são tempos de mudança, estes que vivo. Gosto do ano novo por isso, por ser novo, por permitir a mudança, por a trazer a reboque só porque muda a data. Por sentir que estas são sempre boas alturas para mudar, e mudar é bom, e poder decidir também. Este ano quero ser mais sincera, ocupar melhor os dias, ver a vida de forma menos utilitarista, separar os outros de mim e não lhes estender o meu nível de exigência (o que tenho comigo própria). Quero assumir quando gosto e porque gosto. Ter ainda menos medo. Mandar pro caralho o medo de falhar. Aceitar que há partes de mim que nunca estarão à altura, e outras que ultrapassarão as expectativas. Ter orgulho em mim mesmo que isso demonstre falta de modéstia. Continuar a esforçar-me para achar que mereço coisas boas, e que uma nesga de felicidade também está ao meu alcance.
Welcome 2013.