Estava previsto começar hoje uma nova etapa. Mas a máquina avariou-se, porque as máquinas também se avariam e, apesar do meu enobrecimento do sistema nacional de saúde francês, este, às vezes, também falha.
Fica para amanhã então. Ainda falei ao telefone com o Lambard. Disse-lhe que estava bem, mas que queria ver uma psicóloga. Que já tinha recorrido a uma de outro serviço (leia-se, de outro hospital parisiense) mas que não tinha gostado. Disse-lhe que sou uma pessoa difícil e exigente. E ele respondeu que tratava disso, que agora eu estava a seu cargo. Foi bom ouvir esta responsabilização pelo meu bem-estar. Gostei.
Anyway, será depois de amanhã que me estrearei nas lides da quimioterapia, com radio ao mesmo tempo. Devia mudar temporariamente o nome do blog para 33 episódios de radio e 3 de quimio. Tenho medo. O Lambard diz-me que não me vai cair o cabelo, mas que os principais efeitos secundários desta quimio que ele chama CDDP (?!) são vómitos e náuseas. Ora bem, eu sou uma pessoa sensível ao vómito. Logo aí sinto por isso uma certa apreensão. Juntando a isso o pequeno pormenor de ter que ficar hospitalizada durante 24 a 48h para controlarem o meu estado. Estou ligeiramente nervosa. Eu, Silvina, assumo no presente post ter cagaço da quimio.