As rádios emitem em várias frequências. Estes episódios, contudo, situam-se numa frequência diferente, não uma de rádio, mas de radio. Como em Radioterapia. Episódios de um tratamento oncológico (à suivre)
Segunda-feira, 25 de Abril de 2011

Eu antes não chorava. Só muito raramente, talvez duas vezes por ano. Agora tudo me emociona, ao extremo de não conseguir controlar os olhos a ficarem molhados e as lágrimas a escorrerem como se não houvesse amanhã. Sempre que vou tomar café com a M. são rios de lágrimas e emoções. Eu sei que isto faz parte do meu novo "eu pós-cancro". E não sei porque choro tanto agora. Talvez porque com as emoções vem a certeza de estar viva e respirar, de estar aqui, presente nos meus dias. Talvez porque as lágrimas me trazem o consolo de que venci esta etapa. Não sei porquê, e confesso, ainda me custa a aceitar esta minha faceta tão lamechas. Não pareço eu. Mas é isto que o cancro faz a uma pessoa, muda-a.

publicado por Silvina às 18:42

Chorar e liberdade combinam (isto a propósito do seu post de 25 de Abril). De certa forma é libertador...
JDionisio a 28 de Abril de 2011 às 13:08

Pois é, não tinha pensado nisso por esse prisma... Boa associação de ideias! ;)
Silvina a 29 de Abril de 2011 às 05:44



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