As rádios emitem em várias frequências. Estes episódios, contudo, situam-se numa frequência diferente, não uma de rádio, mas de radio. Como em Radioterapia. Episódios de um tratamento oncológico (à suivre)
Segunda-feira, 22 de Agosto de 2011

Não sei se já disse aqui "publicamente" que ando a dar na morfina mais ou menos desde Novembro. Com doses de cavalo ao inicio (no pós-operatório) e com pico também durante os tratamentos de radioterapia. Assim que senti os efeitos secundários da radio a passarem, diminui a dose. Durante a radio tomava 50mg de 12 em 12 horas, mais 20mg de morfina de "acção rápida" antes de comer. Depois fui diminuindo aos poucos, por minha própria iniciativa. Às vezes fui demasiado bruta na redução das doses e tive que voltar a aumentar; foi toda uma montanha russa jogar com as dores, os diversos medicamentos, a morfina e, sobretudo, os efeitos secundários da morfina, que não são brincadeira.

 

Uma vez perguntei à farmacêutica se podia tomar paracetamol em vez da morfina, por exemplo. Ela riu-se na minha cara (sympa...) e disse-me: "Paracetamol para si é como se fosse açúcar!" E foi assim que descobri que estava mais ou menos "agarrada" à morfina... Desde há uma semana que não lhe toco. Os primeiros 3 dias custaram um bocado. Tive dores, a cabeça pesada, parecia que estava com uma ressaca daquelas lixadas. O corpo também estava mole e lento. Socorri-me com paracetamol, que remédio. Psicologicamente acho que ajudou a diminuir a dor (lá está, como o açúcar em certas ocasiões...). Uma semana depois reparei que a tripa já está a voltar ao normal, deixei de tomar laxantes, e os únicos comprimidos que ainda tomo são a pílula e o ansiolítico, ah e o Ginseng bio de manhã, para ver se engano este corpinho e ele se digna a ter mais energia.

 

Vamos ver até quando é que dura este estado de graça morfina-free.

publicado por Silvina às 22:11


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