Eu sei que isto é completamente egoísta e até um bocadinho parvo, mas penso muitas vezes que, se não fossem os profundos confrontos com a nossa própria mortalidade, não teriamos textos tão tremendos.
Reciclar o sofrimento (seja ele de que origem for) e transformá-lo em letras, faz com que muitas pessoas não se sintam tão sós. Falo dos que escrevem e dos que lêem.
Ana C a 25 de Março de 2012 às 18:02

Concordo. Também já me tinha apercebido dessa relação sofrimento-escrita quando com 16 anos só conseguia escrever poemas durante as fases de desgosto amoroso, o que fazia com que, viciada em pseudo-poemas, procurasse sempre andar melancólica e triste nos amores...
Mas estes textos do Tabucchi são tão verdadeiros que até dói. Não sei como é que ele faz para transportar a dor para as páginas...
Um beijinho*
Silvina a 26 de Março de 2012 às 15:02